Saúde alerta para a prevenção da doença, que pode ser feita com uso de preservativo

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Da Redação

 Em Mato Grosso, a Secretaria Estadual de Saúde (SES/MT) orienta aos municípios a intensificar campanhas para detecção e tratamento dos casos neste período, assim como durante o pré-natal. Uma forma de evitar a doença é o uso de preservativo (camisinha) no momento da relação sexual. A camisinha é distribuída gratuitamente nas unidades municipais de saúde.

No Estado, em 2016 foram notificados 448 casos de sífilis em gestante – taxa de detecção de 8 casos/1.000 nascidos vivos -, o que representou um aumento de 26,91% em comparação ao ano anterior. Em 2015, foram 353 casos notificados, com taxa de detecção de 6,2 casos/1.000 nascidos vivos.  Os três municípios com maiores números de casos em Mato Grosso são em Cuiabá, Rondonópolis e Sinop.

Com relação à sífilis congênita, em 2015 no Estado foram notificados 288 casos, uma taxa de incidência 5,08 casos/1.000 nascidos vivos, comparado ao ano de 2016 em houve notificação de 316 casos de sífilis congênita e uma incidência de 5,92 casos/1.000 nascidos vivo. Os três municípios com maiores números de casos no Estado são Cuiabá, Várzea Grande e Sinop.

A superintendente de Vigilância em Saúde da SES/MT, Maria de Lurdes Girardi, ressaltou que é importante que os serviços de saúde estejam atentos durante todo o ano, visto que se enfrenta no País uma epidemia de sífilis. Para ela, o comprometimento de todos é preponderante para que se possa diminuir a incidência da doença, principalmente em crianças.

“Ações como captação precoce da gestante na Atenção Básica para realização em tempo oportuno do pré-natal, o fortalecimento do pré-natal do parceiro e a ampliação da cobertura de diagnóstico (por meio de teste rápido) e tratamento oportuno e adequado das gestantes e parcerias sexuais são imprescindíveis”, alertou a superintendente.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima no mundo mais de 1 milhão de casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) por dia. Ao ano, estima-se aproximadamente 357 milhões de novas infecções, entre clamídia, gonorreia, sífilis e tricomoníase. A presença de uma IST, como sífilis ou gonorreia, aumenta consideravelmente o risco de se adquirir ou transmitir a infecção por Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Em especial, a sífilis na gestação leva a mais de 300 mil mortes fetais e neonatais por ano no mundo, e coloca um adicional de 215 mil crianças em aumento do risco de morte prematura.

A Sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) de caráter sistêmico, curável, exclusiva do ser humano; causada pela bactéria Treponema pallidum. A transmissão se dá por relações sexuais sem preservativos e por transmissão vertical. A transmissibilidade durante a gestação ocorre em maior risco nas fases primária e secundária da doença. Pode haver consequências graves durante e após a gestação e ao nascimento da criança como: aborto, natimorto, parto pré-termo, retardo do desenvolvimento neuropsicomotor, lesões de pele e malformações, com mortalidade em torno de 40% nas crianças infectadas.

O diagnóstico precoce e o tratamento adequado na atenção Básica são determinantes importante na redução da morbimortalidade associada à transmissão vertical. 

Fonte: Governo de Mato Grosso

 

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